sábado, 17 de abril de 2010

O amor amigo.


certas horas em que não precisamos de um amor. Não precisamos da paixão desmedida. Não queremos beijo na boca. E nem corpos a se encontrar na maciez de uma cama. Há certas horas, que só queremos a mão no ombro, o abraço apertado ou mesmo o estar ali, quietinho, ao lado, sem nada dizer. Há certas horas, quando sentimos que estamos pra chorar, que desejamos uma presença amiga, a nos ouvir paciente, a brincar com a gente, a nos fazer sorrir. Alguém que ria de nossas piadas sem graça. Que ache nossas tristezas as maiores do mundo. Que nos faça elogios sem fim. E que apesar de todas essas mentiras úteis, nos seja de uma sinceridade inquestionável. Que nos mande calar a boca ou nos evite um gesto impensado. Alguém que nos possa dizer: acho que você está errado, mas estou do seu lado... Ou alguém que apenas diga: sou seu amor. E estou aqui. Enquanto você está perto de mim, eu sinto borboletas, é esse o jeito que deveria ser quando olho dentro dos seus olhos. Tudo que você tem que fazer é dizer meu nome, eu gaguejo e derreto como manteiga. Desde que te conheci todas minhas palavras mudaram, eu não posso esconder ou negar isso.

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